segunda-feira, 12 de julho de 2010

PROJETO DE EDUCAÇÃO HOLÍSTICA INTEGRAL



Projeto de Educação Holística Integral

UMA ALIANÇA DE FORÇAS PARA
CONSTRUIR A CIVILIZAÇÃO DO III MILÊNIO

ESCOLA ABERTA HABITATBRASIL.ORG


Promovendo
Educação, Capacitação Pessoal, Justiça Social e
Desenvolvimento Sustentável.



A EDUCAÇÃO ABERTA EM PERSPECTIVA HOLÍSTICA


1. Quem Somos

Somos uma organização de 44 profissionais associados fundadores com uma visão e uma atuação de vanguarda que busca educar as populações sob intervenção promovendo a capacitação pessoal, a justiça social e o desenvolvimento sustentável. Cidadãos de diversas origens que compartilham um interesse comum para com o futuro da humanidade e de toda a vida na Terra.

Acreditamos que os sérios problemas que afetam as instituições sociais da vida moderna e causam a grave crise em nossa cultura e civilização refletem a falta de habilidade predominante no mundo tecnoindustrial em fazer frente ao desafio planetário de suportar uma população crescente devastadora para além de 6.5 bilhões de pessoas famintas de alimento e consumo sobre ele.

Essa devastação predatória é finita e tem prazo marcado para acabar, pondo em risco toda a civilização humana sobre a face da Terra.


2. Nossa Intervenção é Holística e Sistêmica

Holismo é um novo paradigma emergente com base em uma rica herança de muitos campos acadêmicos na pesquisa teórica e prática. O Holismo afirma a interdependência inerente da evolução dos seres como malha de conexão entre todos. O Holismo está enraizado na suposição de que o universo é um todo integrado no qual tudo está ligado. Este pressuposto de unidade e plenitude está em direta oposição ao paradigma da separação e fragmentação que prevalece no mundo contemporâneo.

Através da visão holística pretendemos corrigir o desequilíbrio reducionista das abordagens ambientais e humanas através de sua ênfase em uma concepção ampliada das ciências humanas e de suas possibilidades. O Holismo resulta em significativas implicações para a nutrição espiritual humana e evolução da ecologia planetária.

A ordenação da evolução humana poderá resultar da estruturação da biosfera através de níveis crescentes de informação e comunicação entre os sistemas de um mesmo patamar evolutivo para uma absorção maior da informação em patamares superiores gerando supersistemas em níveis diversificados de complexidade.

A civilização humana enquanto sistema vivo se auto organiza e auto regula em função do ruído e desordens informacionais, à medida que outorga um valor neguentrópico à desordem.

Enquanto que sistemas fechados como o comunismo tendem à entropia, a desordem passa a ser o o próprio fator de evolução dos sistemas vivos, pois só na desordem se recria nova ordem.

3. Somos Facilitadores da Aprendizagem da Ética e da Cidadania

A vocação é um chamamento, exigindo uma combinação de atividade cerebral intensa em algumas áreas do cérebro, sensibilidade pessoal e técnicas fundamentadas na prática a partir da ética, do emocional e do espiritual, para desabrochar. É uma questão prioritária envolvida no processo de crescimento humano.

Nós somos educadores que como facilitadores de aprendizagem, promovemos um modo de auto-suficiência natural como um processo vital e biológico. Atuamos com autonomia para conceber e implementar ambientes de aprendizagem que sejam adequados às necessidades de nossos cidadãos, abordando cada um em particular.

Embora o sistema econômico exija certo nível de qualificações para o trabalho, queremos alavancar a estruturação de seres humanos saudáveis, felizes e capacitados a fim de promovermos uma sociedade embasada em uma economia sustentável.

Cada indivíduo é único, tanto física como emocional, intelectual e espiritualmente; inerentemente criativo, tem necessidades e talentos únicos e possui uma capacidade ilimitada de aprender. Conduzimos a educação para que cada cidadão - jovem ou idoso - seja reconhecido como ser único e valioso. Isto significa um acolhimento que promove diferenças pessoais em cada um, e um sentimento de respeito e apreço pela riqueza da diversidade humana.

Reconhecemos que os valores humanos foram erodidos pela cultura da civilização humana, e que a harmonia, a paz, a cooperação, a honestidade, justiça, igualdade, compaixão, compreensão, amor e êxtase possam ainda ser resgatados nas comunidades, como base da Civilização do III Milênio.


4. Educamos o Indivíduo para o Desenvolvimento Humano

Nesse contexto de cultura em crise, de educação anacrônica e disfuncional, chama-nos a atenção a grandeza que está dentro de cada ser. O ser humano é mais complexo, mais inteiro, que os papéis que desempenha como trabalhador ou cidadão que servem à sociedade. 

Se uma nação - por meio de suas políticas públicas, não promove o bem-estar de seus cidadãos para alimentar o autoconhecimento, a saúde emocional, e os valores democráticos, o sucesso econômico será prejudicado pelo colapso moral da sociedade difícil de administrar.

Acreditamos que assumir novos valores culturais tornando-os dominantes em suas práticas, incluindo a ênfase na cooperação em vez da concorrência, o uso sustentável dos recursos em vez do consumo desenfreado, a autenticidade do encontro na interação humana em vez da burocracia, será absolutamente construtivo para a saúde dos ecossistemas sociais e ambientais, otimizando o desenvolvimento humano.

Os sistemas escolares foram organizados para aumentar a produtividade das nações, inculcando hábitos de obediência, lealdade e disciplina. É a preocupação com a produtividade e a competitividade da economia nacional, que pretende aproveitar as capacidades e os sonhos das tenras gerações para o objetivo estreito do seu desenvolvimento econômico a qualquer preço, sem considerar o indivíduo.

Colocamo-nos com objetivos que oferecem uma solução para a crueldade fragmentadora da crise na educação moderna, com a finalidade de nutrir as possibilidades inerentes de desenvolvimento do ser humano. Nós valorizamos a diversidade e incentivamos uma ampla variedade de métodos e aplicações práticas como uma visão que transcende a todas as diferenças. É um aprender de diferentes maneiras, através de diferentes estratégias a começar pelas atividades. A aprendizagem deve envolver o aprofundamento das relações e o enriquecimento entre si, agregando a família, os membros da comunidade, as nações, o planeta e o cosmos.

Acreditamos que o desenvolvimento humano deva ser atendido antes de qualquer outro como o interesse econômico.


5. Nós Educamos Respeitando o Indivíduo

O trabalho dos neurocientistas contemporâneos realizado através do conhecimento das múltiplas inteligências e das competências dos hemisférios cerebrais direito e esquerdo demonstra, por exemplo, que a cinestesia corporal, musical, visual ou espacial pode ser aproveitada para compensar um vácuo de deficiência do hemisfério esquerdo como a lingüística, a lógica ou a matemática. Se isso não foi atingido na tenra infância, deve ser logrado através de técnicas alternativas suplementares.

Respeitar a individualidade de cada pessoa – significa que cada um cumpre um papel complementar no grupo e que podemos construir uma verdadeira comunidade, onde o aprendizado se faz com as pessoas aprendendo umas com as outras nas diferenças: são ensinados a valorizar seus próprios talentos, estando habilitadas a ajudar uns aos outros.

A educação é uma questão de experiência e a aprendizagem é um ativo, um compromisso multisensorial entre um indivíduo e o mundo, um contacto mútuo que habilita o aprendiz e revela os ricos e complexos significados do mundo. A experiência é a dinâmica que formata a mente potencializa a educação multisensorial. O objetivo da educação deve ser alimentar o natural e saudável crescimento através da experiência nas múltiplas linguagens sensoriais que dão acesso aos diversos códigos culturais de nossa civilização.

Quando os educadores estão abertos ao seu próprio ser interior convidam para uma co-aprendizagem, um processo de co-criação com o aluno. Neste processo o aluno é professor. O ensino exige uma requintada sensibilidade para os desafios do desenvolvimento humano, e não um kit de métodos e materiais pré-embalados.

Os educadores devem estar conscientes e atentos às necessidades de cada aluno, suas diferenças e habilidades e ser capaz de responder a essas necessidades, em todos os níveis. Os educadores devem sempre considerar cada indivíduo no contexto da família, da escola, da comunidade, da nação, da comunidade mundial, da civilização humana e do cosmos. O educador é responsável, sobretudo, pelos jovens que procuram uma compreensão do significado do mundo que algum dia eles vão herdar. Esse educador educa líderes e forma superdotados.

Nosso sistema de ensino aberto busca oferecer o verdadeiro encontro humano onde a escola transcende seu edifício e a aprendizagem se dá em casa, nos parques, jardins, no local de trabalho, etc.

A integração do processo educativo deve fornecer ao cidadão as maravilhas do universo à nossa volta através de abordagens experienciais imergindo o ser na vida e na natureza e na apropriação das instituições sociais e políticas necessárias para alcançar a autonomia cultural e econômica. A educação deve conectar o cidadão ao perfeito funcionamento do mundo social através da vida cotidiana, para a formação da identidade cultural e da produção econômica da comunidade.

São os aspectos do desenvolvimento humano que precisam de orientação e nutrição, que incluem o desenvolvimento ético, crítico, estético, criativo, físico e social, no sentido mais abrangente dos aspectos raciais, espirituais, etc..

Por sua vez, a Educação Holística leva em conta o maravilhoso mistério da vida e do universo para além da realidade imediata e da experiência humana.


6. Educamos com Espiritualidade

Nós acreditamos que toda a vida sobre a Terra são seres espirituais em forma humana, animal, vegetal e mineral e expressam sua individualidade através dos seus talentos, percepção, intuição, habilidades, informação e inteligência que carregam. 

Esses indivíduos se desenvolvem fisicamente, emocionalmente, intelectualmente e espiritualmente. Até os animais, as plantas e as rochas sofrem esse processo no registro de informação que carregam.

A experiência espiritual e seu desenvolvimento se manifestam como uma profunda conexão entre si mesmo e os outros, com um sentimento intenso de significado e propósito na vida cotidiana; e se expressa em uma sensação de extase e plenitude por existir, em uma correlação com tudo e todos a sua volta em uma verdadeira compreensão de interdependência.

A parte mais valiosa da pessoa é o seu interior, sua subjetividade e a determinação de sua alma. A ausência da dimensão espiritual é um fator crucial no comportamento autodestrutivo. A desagregação familiar, a criminalidade, drogas, o abuso de álcool, a sexualidadeesvaziada, o consumismo compulsivo, a ganância pela acumulação são as causas da insensata busca de conexão, sentido e significado, e a fuga desvairada da dor de não ter uma verdadeira fonte de realização. Fundamental para a consciência de inteireza e de conexão é a ética expressa em todas as grandes tradições do mundo: "O que eu faço aos outros eu faço para mim."

Acreditamos que a educação deve nutrir o crescimento saudável da vida espiritual, e não fazê-la através da competição e da violência da avaliação constante para induzir à concorrência. Uma das funções da educação é o de ajudar os indivíduos tornarem-se conscientes da conexão entre todos os seres vivos.

Dentro da atividade frenética do cotidiano, onde a pressão e super estimulação da vida contemporânea nos arrebatam, a plenitude da experiência criativa é um profundo respeito pelo numinoso mistério da vida.

Ao promover um profundo sentimento de conexão com os outros e com a Mãe Terra em todas as suas dimensões, a educação holística encoraja um sentimento de responsabilidade para si, para com os outros e para com o planeta. Acreditamos que essa responsabilidade não é um fardo, mas decorre da compreensão do poder pessoal de cada um e do sentimento de conexão com todos. 

Individual ou coletivamente, a responsabilidade global é desenvolvida através do incentivo à compaixão que é colocar-se no lugar do outro, o que provoca nas pessoas o querer aliviar o sofrimento dos outros. Queremos incutir a convicção de que essa mudança é possível e oferecer as ferramentas para tornar essas alterações possíveis.


7. Respeitamos a Liberdade de Escolha

A genuína educação só tem lugar em uma atmosfera de liberdade. A liberdade de indagação, de expressão e de crescimento pessoal são fundamentalmente necessários. Os aprendizes devem ter uma voz importante na determinação do currículo e dos processos disciplinares, de acordo com a sua capacidade para assumir essa responsabilidade. O conhecimento deve ser apresentado como um buffet de alternativas conforme o pendor dos talentos individuais.

Reconhecemos no entanto, que algumas abordagens pedagógicas permanecerão largamente guiadas devido a convicções filosóficas ou porque servem a populações especiais. Importante é que as famílias e as crianças precisam ser livres para escolher tais abordagens. 

As famílias deveriam ter acesso a uma variada gama de opções educativas no sistema escolar público. Como isso não acontece, queremos oferecer a nossa alternativa diversificada e integralizadora, porém não homogeinizadora. A interferência pasteurizada do Estado na educação manieta a diversidade cultural, nutrindo pobremente nossas crianças.


8. Educamos para uma Democracia Participativa

Nosso modelo democrático de educação é para capacitar os cidadãos a participar de todas as formas significativas da vida na comunidade e da responsabilidade pelo planeta. A construção de uma sociedade verdadeiramente democrática significa muito mais do que permitir as pessoas votarem a favor de seus líderes. Significa habilitar os indivíduos a tomar para si a participação ativa nos assuntos da sua comunidade, tormando-se líderes, talvez. 

Uma sociedade verdadeiramente democrática é representada por comunidades em que díspares vozes sejam ouvidas e genuínas preocupações humanas sejam abordadas. É uma sociedade aberta à mudança construtiva quando uma mudança social ou cultural é necessária. 

A fim de se manter essa sociedade, as comunidades devem ser baseadas em um espírito de empatia por parte dos seus cidadãos - uma vontade de compreender e experienciar a compaixão para com as necessidades dos outros. Deve haver um reconhecimento das necessidades humanas que ligam as pessoas em bairros, cidades, nações e comunidade planetária. 

E para além deste reconhecimento, deve existir uma preocupação de justiça social.

A fim de garantir estes elevados ideais, os cidadãos devem ter a possibilidade de pensamento crítico e independente. A verdadeira democracia depende de uma população capaz de discernir a verdade por trás da propaganda e os interesses comuns atrás de slogans partidários. Em uma época em que a propaganda é conduzida por bytes de informação, e a tecnologia permite o repasse de informações subliminares e enganosas através da maedia, a política e as relações públicas devem ser alvo permanente do inquérito crítico, mais vital do que nunca para a sobrevivência da democracia. 

Entretanto, o ensino e a aprendizagem, não podem promover esses valores, salvo se consubstanciá-los em programas e disciplinas. Estas são as tarefas educativas a que nos propomos.


9. Educamos para uma Cidadania Global

Acreditamos que cada um de nós - percebamos isso ou não - é um cidadão global representante em sua condição local da civilização humana. A experiência humana é muito mais ampla do que uma única cultura de valores, ou formas de pensar. Na emergente comunidade global, estamos em contacto com diversas culturas e visões do mundo como nunca antes na história.

Pensamos que é tempo da educação cultivar uma apreciação pela magnífica diversidade da experiência humana, e para o ainda inexplorado potencial dentro de cada ser humano. Educação, em uma era global precisa abordar o que é mais universalmente humano nas gerações mais jovens de todas as culturas.

A educação global é baseada em uma abordagem sistêmica, ecológica, integralizadora, que enfatiza a ligação e interdependência da natureza, da vida humana e da cultura. Ensino global facilita a tomada de consciência do indivíduo em um papel atuante na ecologia global, que inclui a família humana e todos os outros sistemas da Terra e do Universo.

A meta da educação global é a metaeducação, isto é, educar a educação para abrir as mentes e os corações. Isto é realizado através de estudos interdisciplinares, experiências diretas e conexões afetivas que promovam a compreensão, reflexão, pensamento crítico-criativo e de resposta.

A educação global nos lembra que toda educação e toda a atividade humana deve repousar em princípios que regem o êxito sobre sistemas ecológicos. Estes princípios incluem a importância da diversidade, o valor da cooperação e do equilíbrio, as necessidades e os direitos dos participantes, bem como a necessidade de sustentabilidade no âmbito dos sistemas.

Outros componentes importantes da educação global incluem compreensão das causas de conflito e a vivência dos métodos de resolução de conflitos. Ao mesmo tempo em que se exploram as questões sociais como os direitos humanos, as pressões sobre as populações, em que a justiça econômica e o desenvolvimento dela é essencial para uma exata compreensão das causas da guerra e das condições para a paz.

Enquanto o mundo das religiões e tradições espirituais sectárias tem esse enorme impacto fragmentador, a educação global incentiva a compreensão e apreciação dos mesmos valores universais que proclamam a busca de sentido, amor, compaixão, sabedoria, verdade e harmonia. Assim, a educação global é um dos endereços do que é mais pleno e universalmente humano.


10. Educamos para Alfabetizar a Terra

A Semiótica, a Teoria da Informação, a Teoria dos Sistemas, a Cibernética, as Teorias do Campo Unificado, as Neurociências além de outros mais recentes avanços no pensamento ocidental moderno reconhecem algumas das mais antigas tradições espirituais e mitologias orientais que têm ensinado a humanidade durante milênios. Todos devem reconhecer a necessidade imperativa de cooperação global e da sensibilidade ecológica se a humanidade quiser sobreviver neste planeta a todas as crises que vem promovendo.

Central para este estudo é o conhecimento básico dos sistemas de apoio à vida, dos fluxos de energia, seus ciclos, suas interrelações e as dinâmicas das mudanças. A educação para a cidadania global é uma visão integradora, incluindo política, economia, cultura, história, e dos processos de mudança de comportamento pessoal e social.

Nossas crianças necessitam um planeta saudável para viver onde possam aprender e crescer. Eles precisam de água e sol, ar puro, e os frutos do solo, dos animais e de todas as outras formas que compõem o ecossistema da vida na Terra. Um planeta doente não suporta crianças saudáveis. E doente está toda a nossa civilização decadente.

Apelamos então, para uma educação integral, que promova a alfabetização global da Terra a fim de incluir uma consciência planetária de interdependência, pela integridade pessoal e sua inserção na congruência do bem-estar global, em que o papel do indivíduo alcance a perspectiva de sua responsabilidade nesse conjunto.

Muitas outras civilizações humanas irromperam, floresceram e tiveram desaparecimento abrupto e definitivo ao longo da história do planeta. De alguma forma tornaram-se insustentáveis. O ser humano sobreviveu, mas não a civilização onde esteve inserido. 

Os Atlantes, os Maias, os Incas, os Egípcios, e a própria Roma são exemplos cabais de que o grau de progresso material defasado da evolução do espírito que se sobreponha à ganância e belicosidade pôs fim a todas essas culturas e civilizações e porá mais uma vez. 

Os mil anos da Idade Média foi a derrocada da civilização romana, a retomada do ponto zero como nova oportunidade para se reconstruir uma nova civilização ocidental, retomada com o fulgor da Renascença. Tentamos. Mas estamos novamente na iminência de um novo retrocesso a uma nova idade média. Mais definitiva e fatal.

A Educação precisa servir de resgate ao ser enraizada em uma perspectiva global e ecológica, a fim de cultivar nas novas gerações uma apreciação profunda pela interconexão de toda a vida. Educar para se viver na Terra nos tempos que virão, implica uma avaliação global do nosso planeta e dos seus processos que sustentam toda a vida na Terra. Esse é o resgate.

Acreditamos que a educação deve primeira e organicamente partir de uma profunda reverência pela vida em todas as suas manifestações. O planeta, e toda a vida sobre ele, formam um todo interdependente. Queremos reavivar uma relação de amor entre o homem e o planeta, o mundo natural que o está alimentando, substituindo sua ganância de exploração predatória pela compreensão e reverência. 

O planeta Terra é ser um imensamente complexo e fundamentalmente único. Viver em seu sistema, que é um oásis de vida na escuridão do espaço cósmico, é o maior privilégio do qual podemos dispor.

Este é o cerne da nossa visão para a Educação no século XXI.


Cynthia Esquivel